19.5.07

Biblioteca

Ah, minha doce amada! aqui tudo parece muito quieto,
Um silêncio!... só quebrado por sussurros incertos.
Um jovem imberbe, disfarça o sono com um livro aberto,
Mesmo assim não me concentro na leitura de um poema insosso,
Cada palavra a ser arrancada exige um enorme esforço
E mal é entendida por uma cabeça que meneia num frágil pescoço.

18.5.07

Uma flor

Hoje acordei com vontade de te dar uma flor
Mas, como seria dar uma flor a outra bela flor?
A rubra, trocaria o perfurme e mudaria de cor
A branca, pintaria as pétalas com desejo de amor
E eu, extasiado pelos cheiros por elas exalados,
Cerro as pálpebras e vejo teu rosto nas rosas de olhos vidrados.

5.5.07

Cego de amor


Tua pele macia
Teu corpo envolvente
Teus lábios anunciam
Desejos ardentes
Eu cego de guia
De amor indormente.

A tarde desisti de andar, preferi sentir no rosto as fracas lufadas de ar que vem do oceano deslizando sobre águas escuras, onde mistérios se revelam e se escodem num jogo parecido com a paixão dos homens por raras criaturas. Não sei donde vem essa energia que renova vidas e nos manda pra frente, mas sei que essa magia só se revela quando amamos belas mulheres.