26.1.09

Cheiros

O cheiro do parque, realçado pelo cheiro da terra molhada,
Tem o cheiro da tua vagina excitada,
Do hálito quente da tua boca na minha escancarada.
Trazes no corpo marcas selvagem da natureza indomada.

Banco

Banco da praça, banco do parque ,
Banco das nossas dores de cabeça,
Banco à vista escupido com arte,
Sentado espero que a amada apareça.

Em transe

O calor da febre que aquece-me o cérebro
Em delírios fautos transforma o pensar,
Arrancando-me da monótona existência
Exige de mim pro mundo um novo olhar.

Tempo

Quando a fadiga acariciar-nos o corpo
Com grandes e afiadas garras,
A vida, um breve e tumultuado sopro,
Tardara soltar o amor das amarras.

Eu

Das estranhezas da vida
Às sensações do prazer
Das histórias divididas
Às lutas por um novo ser.

Convite

Se for não volto
Se ficar não vou
Por nada troco
Delícias do amor!

Disperso

Quero ler mais não posso
Os livros não me atém,
Desejos meu corpo roçam
Longe olhar que me retém.