20.1.08

Desejos cabrito

Quero pregar minha boca no vermelho dos teus lábios
Sentir na curvatura das coxas seu sexo pulsante e macio
Penetrar-te saltitante como cabrito em cabrita no cio
Deixar seu corpo em chamas e explicações para sábios.

Meu outro lado

Nesta cama tão comprida
Estar meu corpo expichado
A reclamar o seu outro lado
Que longe se mantém contido.

Sol da manhã

Sol da manhã ilumina o claro dia,
Pontos centilantes em verde tapete,
Pensamentos navegam em noites frias,
De teus carinhos meu corpo tem sede.

Casa nova

Nesta casa vazia
Neste mundo pra fazer
O que eu de fato queria
Era nela te comer.

Natal

A monotonia dos rituais natalinos não me supreendem, mas este tem sido para mim um Natal de sombras, projeção de um filme envelhecido que se repete. Nos sorrisos amarelados e sem vida, esconde-se o vazio do tempo, e o espontâneo cede lugar ao chiste, marca trágica das histórias pessoais. Aqui, nesse mundo estranho de parentes, meu desconforto evidente torna o ambiente insuportável para todos. Queria estar com você...

Desejos e poesias

Eu quero fazer poesias
Mas minha poesia é você
Meus versos são fantasias
Dos desejos de te ter.

Cheiros no ar

O cheiro do parque,
O cheiro do mar,
O cheiro da terra
Insensando o ar,
Aguça os desejos
De tua boca beijar.

Você, natureza

A Chuva cai salpicando o vidro de minha janela,
Molha a terra, árvores e relvas, tudo que brota dela.
Sopra um vento fresco, odores de mato molhado,
No cheiro forte distingo o de tua vagina misturado.