28.12.08

Meu prazer

Se tu segues eu te persigo
Se tu paras olha eu contigo
Se tu pedes não me castigo
Meu prazer é tê-la comigo.

27.12.08

Agonizante

O verde-musgo colore o extenso tronco tombado
Expondo a ferida na base pelo vento rasgada
Frondosa copa espalha-se pela terra molhada
Como vasta verde cabeleira da mulher amada.

Na casa

A tua rota segui
A chuva a salpicar,
Na casa, para eu quiz
Desejo não fez faltar.

Lembranças de certo dia
Meu corpo a palpitar,
Carinhos de tu queria
Carinhos quero te dá.

Sem título

O amor um belo passe
em tela,
Se o jogo é no campo
emperra.

Movimentos

Apreciar com o olhar fixo em seu abdomen
Os movimentos suaves de seu corpo nu,
Formam-se imagens que o tempo não consome
Que me seguem como passáros em céu azul.

Palavras

Palavras sem controle do pensado
No vazio do papel vão se arrumando,
Enfileiram-se em espaço alterado
Como corpos desejosos se esfregando.

13.12.08

Do beijo ao sonho

Você me beija e meu corpo extremecido se excita,
O desejo cresce enquanto a caminho de casa segues.
No sonho, teu corpo nu em movimentos no meu se ergue,
Acordo aceso de tesão sem querer te perder de vista.

6.12.08

No banco do parque

Na calçada do parque pernas deslisam gordas ou magras, cobertas ou nuas
Em caminhada ligeira,
Movimentam-se apressadas pelas paisagens das estreitas ruas.
No banco tudo aprecio:
O canto dos pássaros, o verde das folhas, os rastros da vida minha e sua.

Amarras

As amarras que me atam a você vai do cheiro as aventuras da vida.
Nessas quero nó cego, fechado com cadeado sem chaves,
Tê-la comigo amarrada por desejos e prazeres incontidos,
Quebrando aquelas que impedem a vida boa sem tremores e fases.