Breves poemas e outros recados, geralmente escritos e enviados em trânsito, nos curtos intervalos que nos oferece um cotidiano barbarizado.
26.9.10
Surto de descrença
É possível se construir alguma coisa coletiva se não suportamos as diferenças? Se na explicitação de nossas diferenças somos os primeiros a manifestar a intolerância? Se nos espaços coletivos somos incapazes de tolerar as diferenças e buscamos desquilificar o outro, transformando a busca do consenso em uma quimera? De que não sabemos administrar a compentição e fugimos dessa discussão, do monstro que nos domina e nos transforma em 'sujeitos automáticos'(marx), das pulsões destrutivas do inconsciete (Freud)? Toda nossa incompetência de lidar com a essas situações nos metamorfoseia em sujeitos da distruição de nós mesmos, e a intolerância, além de agravar, é a indicação de que podemos estar de acordo com esse contidiano barbarizado. Esse é o motivo de meu despero, de minha desesperança e de meus 'surto' de descrença se será possível remar contra a maré do jeito de ser dos seres humanos.
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